sábado, 27 de março de 2010

"ReEvolução!"

Talvez mais rápido que se pense,veremos tão logo uma grande revolução cultural significativa,com um aspecto muito mais abrangente e que nos convença à aderirmos.
Muito mais que a revolução que internet causou em nossas vidas,tenho minha sensibilidade atenta ao grande vazio a que ela também nos converge.Sem dúvida,nos dias de hoje é uma grande aliada em muitas atividades do cidadão que sabe utilizá-la com prudência.
Em função do avanço tecnológico decorrente nesse século,e da grande influência no nosso cotidiano,torna-se impossível conceber a idéia de uma vida sem as ferramentas multimídias que imperam no mundo moderno.A rapidez com que se avança em técnologia é assustadoramente fértil,porém pode até parecer nociva em alguns momentos,não quero parecer pessimista a respeito,nem parecer um pouco profético do que vejo como futuro certo desta sociedade que avança em rítmo acelerado e frenético,e talvez demasiadamente desenfreado em alguns aspectos,a rapidez é tanta,talvez pela nossa própria necessidade de superação,que às vezes nem conseguimos assimilar a mudança,e muitas vezes estamos preparando,estrategiando a posse de tal benefício agregado à um objeto multimídia qualquer,e pronto...eis que surge algo novo e o que há pouco tempo era uma grande novidade e atração,se torna  estúpidamente obsoleto.
Quem já não viveu uma situação dessas?É péssimo!porque se nossas condições não acompanharem nossos desejos que confrontam com nossas necessidades de consumo,ficamos decepcionados e nessa condição ninguém quer ficar.
Aí é que começa a confusão...ou nos adequamos e ficamos mais rápidos em tudo,e procuramos fazer tudo o que queremos ao mesmo tempo,processando as coisas a nossa volta de forma mais efetiva,deixando tudo mais enxuto possível,e continuamos procurando algo de mais novo,reinventando o velho e antigo,tendo acesso a todo tipo de informação seja ela interessante ou não,ou então ficaremos estagnados e inértes numa ignorância que também não pára de crescer.O fato é que o advento deste avanço da informação e da técnologia em rítmo acelerado,não chegam sozinhos,trazem consigo uma eterna insatisfação,fazendo-nos sentirmos deficientes e moralmente ultrapassados,e assim sentimo-nos melhor sempre buscando,buscando,achando,descartando,adequando,assimilando,e nos preparando para o que virá depois,seguimos tão ansiosos que não percebemos a condição doentia à qual nos submetemos,e quando percebermos que não estamos acompanhando o processo que nós mesmos criamos,a frustração será grande  e avassaladora,seremos marginalizados por aqueles que conseguem,e expostos à auto-destruição de forma inconsciente,e subjetivamente seria um fracasso do "ser" deficiente ou avesso ao progresso decorrente.
Se entregar e ficar passível a tudo isso,de forma simplista e sem qualquer interesse pela mudança ou por o que fazer para reverter a condição,seria um tanto trabalhoso que muitos desistiriam pelo caminho,e outros tentariam fazer algo sozinho ou em conjunto,algo valoroso e grandioso somente pra não ficar de fora,e não por uma satisfação própria.Os amortecidos e inértes,seriam a menor parcela dessa sociedade em questão,porém a mais difícil de se interagir.
Mas os que procuram a evolução,ou podem provocar a revolução de forma abrangente e mutável,ou podem atingir um estágio de egocentrismo e individualismo exagerado,ao ponto de não nos sentirmos mais comovidos com as causas alheias,tornando-nos seres independentes e pretensiosos de achar que o benefício primordial é o individual,e não o coletivo em geral,e se o caminho não for por esse destino,assim eu espero...aí há de vivermos o grande advento de mudanças comportamentais e culturais em nossa sociedade,que seriam tão profundas que determinariam se realmente  queremos viver num mundo globalizado,justo,civilizado e de hábitos sóbrios,ou se queremos um mundo moderno,sem cultura,com aspectos desiguais,egoísta e supérfluo,no caos do descartável rítmo de evolução capitalista.

quinta-feira, 25 de março de 2010

"Caminhos noturnos."

Duas amigas,um amigo,
um irmão uma câmera,
um passeio,uma caminhada,
uma noite,um lugar,
um momento que passou em passos que se distanciaram do presente,
e o que ficou foi o registro,
uma ilustração,o evidente.

sexta-feira, 19 de março de 2010

"Cercado de pessoas e imerso em solidão."

Viro o ano excluso da ilusão,
cercado de pessoas e imerso em solidão,
privado de substâncias que me tiram a razão.

Na ordem dos fatos,isso é consequência de uma vida marcada pela insatisfação,
estou preso aos gritos que ecoam do passado,
frustrado eu queria voltar e poder controlar meus pensamentos que divagam sobre o futuro incerto.

Tenho medo de viver e conhecer o que realmente quero,
sair do zero,que prevaleça então o incerto,
talvez hoje eu consiga vencer meu ego.

Desesperado cheguei neste estágio,
vou a luta nesta batalha que já se tornou amarga,
me restam os mistérios das palavras partilhadas,
numa roda que conhece bem essas "paradas".

Baseado em histórias semelhantes,muitas vidas aqui se cruzam,
e por um instante sinto-me importante e ao mesmo tempo quase nada,
sou só mais um frente à um abraço sincero,
que me faz compreender que apesar de um passado insano,
a vida ainda há de se tornar bela.

"Um personagem sem sentido."

Seria melhor se não fosse como foi,hoje penso diferente,sou só mais um e não quero mais estar ausente.
A falta que sinto daquilo que passou,sou nostálgico,sou passivo,um personagem sem sentido.
Receio viver a vida que neste momento se apresenta,tenho quase trinta e nem sei se quero ou se chego aos sessenta.

Se eu pudesse,somente uma vez,contemplar o que é eterno aos meus olhos em plena vida,
vivida,amada,indecente e mascarada por uma sociedade depravada.
A minha essência resiste à minha existência,
sou um barco à deriva,a milhas e milhas navego na solidão de um mar sem horizonte,
e nem sequer um porto seguro ou uma ilha.

Talvez eu siga sem um norte,inocentemente estou certo de chegar à frente de meus pensamentos.
Mas eles correm,e se distanciam de mim,e atrasado nesta busca sinto a dor da partida.
e deixo na memória,sua presença em minha vida.Sim!são quase trinta anos de infame existência,
mergulhado em um sono letárgico que eu não percebia.

Mas hoje o meu presente já é um pouco mais atraente,
e prefiro deixar que o futuro tome conta mim,pois o meu passado já me abandonou.
E esta pessoa que restou,não existe mais pra se lembrar do que se esgotou sem sentido.