quarta-feira, 26 de maio de 2010

"Até que enfim...você."

Em um passado recente,eu não quis mais buscar o verdadeiro amor,solitário eu segui com muito medo de me envolver,de me perder de paixão,de sofrer,era evidente em mim o medo de me machucar,pois de nada valeira eu tentar me apaixonar.Vivi a ausência deste sentimento,andei por caminhos trotuosos e desertos,procurei prazeres que atormentaram minha alma.
E meus sentimentos não estavam nada bem,fiquei só, e as noites eram sempre tristes pois,por melhor que fosse me privar do sofrimento,no íntimo do meu coração pulsava uma inquietante vontade de viver um grande amor que valesse à pena o risco de ferir meu coração,e fechado num egoísmo absurdo eu vivi nas sombras deste sentimento que ainda defino como sublime,mas a solidão me consumia pela insatisfação de simplesmente não haver esperança em encontrar a mulher que eu sempre quis para me entregar por completo.Ah! solidão que também me confortava por eu não fazer sofrer também,qualquer pessoa que se aproximasse disposta a viver uma paixão.
Pois eu não queria uma simples paixão,cansado de viver sentimentos transitórios e superficiais,eu busquei profundamente até que ponto o estado solitário poderia me completar,
sem que meu coração vivesse a experiência divina e perene do amor que eu sonhava encontrar,mas que quase sempre eu achava nobre demais para alguém como eu.
Desisti de buscar,deixei de tentar relacionar este sentimento com a minha realidade,fiquei comigo mesmo o devido tempo para poder refletir que o verdadeiro amor se deixa encontrar,pois então eu deixarei de procurar,até que venha,como brisa suave de uma manhã ensolarada ele haveria de chegar,e nessa mansidão me encantar.
Assim eu aprendi à esperar por você,não me apressei em estar ao seu lado,por mais óbvio que parecesse um dia te conhecer por amizades em comum,por um simples acaso naquele lugar,naquele destino deveríamos estar,e sem reconhecer que eu havia te encontrado,eu até fiquei por um instante indeciso em te falar que o que eu mais queria naquela noite seria te beijar.Mas como calma e mansa você haveria de chegar,não me preciptei em tentar agir como não realmente sou,e você chegou.Me encantou,me arrebatou desde o início que eu nem quis me preocupar,eu saberia esperar,mais uma semana,mas somente uma semana,e eu já haveria de achar que tinha certeza de estar a te amar,como nunca antes eu sonhei em viver o verdadeiro amor que um dia chegou para ficar.
E na mansidão desse sentimento eu quero estar,vou te amar como amo cada dia que se renova,com o sol que nasce diaramente e insiste em iluminar a manhã daqueles que um dia perderam a razão de sonhar,para que como eu,um dia possam acreditar que vale a pena esperar pelo veradeiro amor que enfim eu vim à encontrar e que também estava,mesmo sem saber à me esperar.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

"Os caminhos que me levam a ser quem sou."

Durante a minha vida toda procurei uma razão para ser eu mesmo e não um ser humano comum,e indiferente à minha condição,responsável por minha própria existência.Nessa busca,percebi que tentei ser muitos,fingi às vezes até que era alguém que nem mesmo eu conhecia,talvez pelo próprio fato de nesses determinados momentos da minha vida eu não saber quem eu realmente era,não conhecia nada de mim mesmo,mas algo me incomodava,a dúvida sempre me acompanhava,e a pergunta que  transitava nas minhas reflexôes:Até que ponto eu existo para mim mesmo?
Não sei se ainda hoje paira uma resposta definitiva,pois nada é definitivo,porém o que sei é que em muitos momentos eu não existi,tentei agir como se existisse,mas não consegui nunca fazer com que minhas atitudes soassem como uma manifestação do meu eu interior,fui tomado de uma grande insatisfação e de uma não aceitação da minha real personalidade,e desta forma comecei a tornar-se nocivo pra mim mesmo,ferindo a minha real essência.
A partir daí é que comecei a me desconstruir,desmontei todas as farsas que ainda restavam em mim,e comecei a ver algo que eu mesmo não gostava,vi o nada,e vi que realmente o nada pode ser assustador para quem ainda não sabe que pode começar à partir do nada.E durante algum tempo,eu ainda vazio e desconhecido por mim e para mim mesmo,comecei a buscar o sentido de construir um caminho que me levasse a descobrir quem sou eu.
Talvez o sentido seja uma inquietação interior que anseia por descobrir algo verdadeiro nessa mentira que vivi por muitos anos,porém ainda desprovido da consciência de ser necessário viver por algum tempo o próprio nada,resultante da ausência de verdades absolutas em minha busca,me senti inteiramente sozinho e imerso em medos reais do que eu iria encontrar,a tristeza começou a dar sinais de que eu estava flutuando numa escuridão sem sentido,aliás o único sentido era me desfazer dessa inquietação,e então nem mesmo sei porque comecei a fazer coisas totalmente sem sentido pra mim,e mais uma vez eu comecei a me distanciar da busca,ou melhor do caminho certo para me descobrir,e a dor destes momentos de reflexões e de um olhar inteiramente voltado para meu interior,se tornaram algo insuportável de se viver num estado sóbrio,e a busca do eu,de saber quem sou,começou a se fundir com uma busca de anestésicos mais intensos que aqueles que eu habitualmente já conhecia.
Fui para as profundezas da miséria humana,fui viver a loucura anestesiante da perdição incontrolável de prazeres,alternados com momentos depressivos,tristes e sozinhos,e o vazio que já me parecia grande o bastante,se tornou infinito e obscuro,e eu vi que quando não se tem mais nada a perder,ainda havia algo que eu não queria perder totalmente,e esse foi o meu grande momento de lucidez que me trouxe novamente ao caminho da busca da verdade de quem sou,pois eu estava mergulhado no nada existencial,mas por mais absurda que poderia parecer a minha vida nesse momento obscuro,eu vi a luz da razão de ser.
Ser eu mesmo não requer fazer todo esse caminho novamente,mas refazer todo dia a pergunta que me leva à me conhecer de forma profunda e inquietante,se eu existo,até que ponto eu existo?Existo para mim,para os outros,pra quem?O que realmente vale a pena,ser sem existir,existir sem mesmo não saber quem realmente eu sou?
Acredito que todos existem para um determinado propósito nessa vida,o meu próposito não se limita a somente descobrir quem sou,mas existir e ser o que eu quiser,sendo verdadeiro com a minha essência que é de natureza inquieta e não se sacia por simplesmente ser,quero uma existência com sentido!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

"Insanidades."

Ainda bem que não faço tudo que passa pela minha cabeça.Filtro meus pensamentos num estado comum de sanidade,o que me leva a realidade de viver no limiar de meus devaneios,entre a razão e a emoção selo minha impotência perante meus sentimentos que apoderam-se de mim,de forma incoerente com minhas reais atitudes.
Seleciono de forma natural tudo o que me vêm a cabeça por meio da razão,fundado na minha personalidade que anseia por agir honestamente neste momento da minha vida,paro,penso e reflito sobre o que fazer,quando fazer e como fazer quando o que mais quero é agir de forma concsiente e objetiva,mas é preciso saber separar,esperar,ou até mesmo às vezes dar um passo pra trás e somente agir na certeza de fazer o bem e promover a verdade.